quarta-feira, 18 de março de 2009

Começando com honestidade

      Quando começamos a mudar, é difícil voltar ao nosso modo de vida antigo, ainda que o desejemos, Alguma coisa despertou dentro de nós, e a força positiva da mudança cria um momentum que nos impele a continuar. Descobrimos então que o caminho espiritual está justamente aquí, seja o que for que estejamos fazendo; podemos não ter sido capazes de percorrer o caminho deliberadamente, por isso o caminho veio até nós.
     Ainda que tentemos não acreditar que o giro contínuo do desejar e do agarrar seja destrutivo, nossos desapontamentos e frustrações acabarão afinal por moderar-nos e ajudar-nos a encarar as realidades de nossas vidas. Daí que, seja quais forem os trabalhos ou obstáculos que tenhamos de enfretar no caminho espiritual, não devemos desistir - pois, se o fizermos, no fim de contas, é decisão nossa; mas se vacilarmos para trás e para a frente, indecisos, estaremostão-só desperdiçando um tempo valioso. Precisamos decidir agora a encarar a nossa vida com honestidade.
     Estamos sempre tentando, ou direta ou indiretamente, proteger os nossos egos e as nossas auto-imagens; esse hábito é um dos mais difíceis de largar. Gostaríamos que houvesse um modo de nos desenvolvermos interiormente sem ferir o ego, sem analisar, meditar e preservar. Todos gostaríamos disso se não tivessemos de trabalhar em nós mesmos. Infelizmente, porém, não é fácil progredir sem antes remover nossos obscurecimentos e em antes alcarar a nossa visão. Até quando imaginamos que nossa mente está clara, na verdade, ela pode estar inquieta, nublada ou cheia de sentimentos de "perda". Às vezes, até parece que não queremos ver. 

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