9) Ontem fui a cidade mendigando comida de lá para cá.
Meus ombros estão ficando mais magros e não posso mais me lembrar
Quando tive pela última vez uma sacola pesada de arroz.
A geada grossa me lembra continuamente meu manto fino.
Meus velhos amigos, para onde se foram afinal?
Até mesmo novos rostos são parcos.
Enquanto caminho em direção ao pavilhão deserto do verão,
Nada há senão o vento do fim de outono soprando pelos pinheiros e carvalhos.
10) Noite de outono - incapaz de dormir, eu deixo minha cabana.
Insetos de outono zumbem debaixo das pedras, e
Os velhos galhos estão esparsamente cobertos.
Longe, muito longe, fundo no vale, o som d'água.
Eu ali me quedo calmamente durante muito tempo e
Meu manto fica úmido com o orvalho.
11) Voltando à minha cabaninha depois de ter enchido minha tigela de arroz.
Agora somente o calmo fulgor do crepúsculo.
Cercado de cimos de montanhas e de folhas esparsamente colocadas;
Na floresta um corvo de inverno sobrevoa.
12) Minha vida pode parecer um tanto melancólica,
Mas viajando por este mundo afora
Eu me confiei aos céus.
Minha sacola, um quilo de arroz;
Pela lareira, um maço de lenha.
Se alguém que for perguntar o que é a ilusão e a iluminhação,
Isto eu não posso dizer - status e riqueza nada mais são que pó,
Enquanto cai a chuva da tarde eu sento em minha cabaninha
E estico ambos os pés como resposta.
13) Cabelos desgrenhados que passam pela orelha afora,
Um manto desgastado que mais se parece a brancas nuvens e fumaça escura.
Meio bêbado, meio sóbrio, volto para casa,
Crianças por toda parte, que me guiam caminho afora.
Meus ombros estão ficando mais magros e não posso mais me lembrar
Quando tive pela última vez uma sacola pesada de arroz.
A geada grossa me lembra continuamente meu manto fino.
Meus velhos amigos, para onde se foram afinal?
Até mesmo novos rostos são parcos.
Enquanto caminho em direção ao pavilhão deserto do verão,
Nada há senão o vento do fim de outono soprando pelos pinheiros e carvalhos.
10) Noite de outono - incapaz de dormir, eu deixo minha cabana.
Insetos de outono zumbem debaixo das pedras, e
Os velhos galhos estão esparsamente cobertos.
Longe, muito longe, fundo no vale, o som d'água.
Eu ali me quedo calmamente durante muito tempo e
Meu manto fica úmido com o orvalho.
11) Voltando à minha cabaninha depois de ter enchido minha tigela de arroz.
Agora somente o calmo fulgor do crepúsculo.
Cercado de cimos de montanhas e de folhas esparsamente colocadas;
Na floresta um corvo de inverno sobrevoa.
12) Minha vida pode parecer um tanto melancólica,
Mas viajando por este mundo afora
Eu me confiei aos céus.
Minha sacola, um quilo de arroz;
Pela lareira, um maço de lenha.
Se alguém que for perguntar o que é a ilusão e a iluminhação,
Isto eu não posso dizer - status e riqueza nada mais são que pó,
Enquanto cai a chuva da tarde eu sento em minha cabaninha
E estico ambos os pés como resposta.
13) Cabelos desgrenhados que passam pela orelha afora,
Um manto desgastado que mais se parece a brancas nuvens e fumaça escura.
Meio bêbado, meio sóbrio, volto para casa,
Crianças por toda parte, que me guiam caminho afora.
Mestre Ryokan -
Fonte: "Flor do Vazio", Ano 5, Vol 1, Inverno 2000
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